SINOPSE
O EXORCISTA DO PAPA : Inspirado nos arquivos reais do Padre Gabriele Amorth, Chefe Exorcista do Vaticano. Realizou 100.000 exorcismos e faleceu em 2016 aos 91 anos. Amorth escreveu memórias detalhando suas experiências lutando contra Satanás e demônios. O filme retrata a vida de Amorth (Russell Crowe) investigando a possessão de um menino e descobrindo uma conspiração secular protegida pelo Vaticano.
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O EXORCISTA DO PAPA
O tema do exorcismo, sem dúvida, é um dos que mais gera curiosidade e debate entre os fãs de terror. Há aqueles que não acreditam, enquanto outros não duvidam da possibilidade. De toda forma, o gênero abordou isso já de diversas maneiras ao longo dos anos, sendo talvez a mais conhecida versão no cinema, em O Exorcista, de 1973, dirigido por William Friedkin.
A obra fez imenso sucesso e chegou aos cinemas italianos na época, contudo, despertando o interesse de um nome, até então, não tão reconhecido internacionalmente. Era o padre Gabriele Amorth, que na época era um estudioso religioso. Ele teria se comunicado com Friedkin, como o cineasta descreve no documentário O Diabo e o Padre Amorth, de 2017, e dito que o longa traduzia o trabalho dele de forma quase fiel, apenas exagerando nos efeitos. Amorth sempre foi interessado no tema do exorcismo e, assim, em 1986 foi nomeado como exorcista oficial da Igreja em Roma – título que teve até a morte.
Agora, o padre terá sua versão oficial para o cinema com O Exorcista do Papa, protagonizado por Russell Crowe. A história se baseia em parte dos arquivos reais de Gabriele, que dizia ter feito mais de 70 mil exorcismos. O padre morreu em 2016, em decorrência de problemas no pulmão.
QUEM FOI GABRIELE AMORTH
Nascido em 1925 na cidade de Moderna, na Itália, Amorth começou a trajetória na religião ainda cedo. Só que antes de ingressar de vez nos ensinamentos religiosos, ele participou da luta ativa contra Mussolini, o ditador fascista do país. Por isso, inclusive, recebeu a Medalha da Libertação pelo prefeito de Roma em 2016 pela ajuda na luta contra o fascismo e o nazismo. Aos 30 anos, Amorth se tornou sacerdote católico romano e seguiu o caminho da fé.
Mais do que apenas o trabalho como exorcista, Amorth tem sua relevância para a Igreja Católica por causa do trabalho que fazia para divulgar o assunto. Contudo Em 1990, por exemplo, fundou a Associação Internacional dos Exorcistas, que só viria a ser reconhecida oficialmente como um órgão do Vaticano em 2014, pelo Papa Francisco.
Além disso, ele escreveu livros ao longo da vida, explicando todo o trabalho que fazia. Entre eles, estão: Exorcistas e Psiquiatras, Um Exorcista Conta-nos e Memórias de um Exorcista.
Em 2012, durante uma entrevista para o jornal italiano Libero, detalhou o primeiro encontro com o diabo durante uma sessão de exorcismo.
“Tive a distinta sensação de uma presença demoníaca próxima de minha testa. Senti o demônio me observando, me examinando, movendo-se ao meu redor. O ar ficou gelado. Um amigo exorcista já havia me contado sobre essas mudanças bruscas de temperatura. Mas, uma coisa é ouvir dizer, e outra viver a experiência. Na hora tentei me concentrar. Fechei os olhos e segui minha oração”, contou.
contudo, apesar de receber cerca de 600 pedidos diários enquanto era vivo, nem sempre ele aceitava. Em alguns casos, o padre Gabriele dizia que a pessoa precisava de uma ajuda profissional de psicólogos. Apenas em situações de certeza quase absoluta, é que ele aceitava o trabalho de desfazer uma possessão. Mesmo assim, nem todos os casos se tratava verdadeiramente de uma “possessão demoníaca”. De acordo com ele, ao longo de sua vida foram 94 casos verdadeiramente complicados.